27.6.05

Pequeno Poema sem Nome
Sobre um Fim que não tem Fim

(para alguém que se foi
e levou consigo esse imenso pedaço de mim)

O teu olhar é parte
da minha visão
não é justo que me deixes
na escuridão

O teu corpo é parte do meu
teu terror, tua risada,
não é justo que me deixes
sem braços, sem pernas, sem nada...

Os teus sentimentos
são a carne do meu coração
não é justo que me faças
fria razão

Tuas palavras são pedaços
de tudo aquilo a que pertenço
não é justo que me faças
silêncio...

2 comments:

Luiz Afonso Alencastre Escosteguy said...

Taí, leva tudo isso e ainda merece um poema. Devia ser muito bom mesmo, rsrs bjs

Tatiana said...

Afonso, pra você ver como a vida é injusta, né? hehe
Se mereceu, não sei, nem sei se vale a pena discutir. Mas que faz falta, isso faz.
Eu confio mesmo é no Vinícius de Moraes: "pra fazer um samba com beleza, é preciso um bocado de tristeza." Mesmo com tudo o que a gente perde, se a gente ganha um pouco de dor, e dela consegue tirar alguma coisa que tenha a sua beleza, ainda dá pra pensar que a vida e todos esses desencontros valem a pena, não é isso?