29.11.04
Right to be Wrong
"I've got a right to be wrong
My mistakes will make me strong
I'm stepping out into the great unknown
I'm feeling wings though I've never flown
I've got a mind of my own
I'm flesh and blood to the bone
(see, I'm not made of stone)
I've got a right to be wrong
So just leave me alone
I've got a right to be wrong
I've been held out too long
I've got to break free
So I can finally breathe
I've got a right to be wrong
I've got to sing my own song
I might be singing out of key
But it sure feels good to me
I've got a right to be wrong
So just leave me alone
You're entitled to your opinion
but it's really my decision
can't turn back, I'm on a mission
If you care don't you dare blur my vision
Let me be all that I can be
Don't smother me with negativity
Whatever's out there waiting for me
I'm gonna face it wilingly"
(Joss Stone)
My mistakes will make me strong
I'm stepping out into the great unknown
I'm feeling wings though I've never flown
I've got a mind of my own
I'm flesh and blood to the bone
(see, I'm not made of stone)
I've got a right to be wrong
So just leave me alone
I've got a right to be wrong
I've been held out too long
I've got to break free
So I can finally breathe
I've got a right to be wrong
I've got to sing my own song
I might be singing out of key
But it sure feels good to me
I've got a right to be wrong
So just leave me alone
You're entitled to your opinion
but it's really my decision
can't turn back, I'm on a mission
If you care don't you dare blur my vision
Let me be all that I can be
Don't smother me with negativity
Whatever's out there waiting for me
I'm gonna face it wilingly"
(Joss Stone)
26.11.04
A palavra faltante
22.11.04
"O rei levantou a mão direita a impor silêncio e disse, Vou dar-te um barco, mas a tripulação terá que arranjá-la tu, os meus marinheiros são-me precisos para as ilhas conhecidas. (...) Quando o homem levantou a cabeça, supõe-se que desta vez é que iria agradecer a dádiva, já o rei se tinha retirado, só estava a mulher da limpeza a olhar para ele com cara de caso. (...) A aldraba de bronze tornou a chamar a mulher da limpeza, mas a mulher da limpeza não está, deu a volta e saiu com o balde e a vassoura por outra porta, a das decisões, que é raro ser usada, mas quando o é, é. Agora sim, agora pode-se compreender o porquê da cara de caso com que a mulher da limpeza havia estado a olhar, foi esse o preciso momento em que ela resolveu ir atrás do homem quando ele se dirigisse ao porto a tomar conta do barco. (...) O homem nem sonha que, não tendo ainda sequer começado a recrutar os tripulantes, já leva atrás de si a futura encarregada das baldeações e outros asseios, também é deste modo que o destino costuma comportar-se conosco, já está mesmo atrás de nós, já estendeu a mão para tocar-nos o ombro, e nós ainda vamos a murmurar, Acabou-se, não há mais que ver, é tudo igual."
(José Saramago - O Conto da Ilha Desconhecida)
(José Saramago - O Conto da Ilha Desconhecida)
19.11.04
18.11.04
Sobre a vida em queda livre
Estou aqui curtindo as minhas últimas horinhas de liberdade desse semestre... as últimas horas sem ter nem idéia do que vai acontecer comigo semestre que vem, sem saber para onde vou, sem nada. O restinho do sentimento de que tudo pode acontecer, de que todas as possibilidades estão abertas e todas as combinações são possíveis. É um sentimento muito leve. A vida é um balão de hélio, flutuando solto, ao vento...
Amanhã sai o resultado do doutorado, e daqui a 1 semana já é a 1a fase da Fuvest, e daí o futuro começa a ser amarrado. Pega o balão, prende bem firme e de repente... puf! o que era vento começa a virar coisa! Quando imaginação vira matéria a gente ganha em segurança o que perde em fantasia.
Engraçado perceber como esse sentimento de não saber o futuro, que já foi tão assustador, tanta agonia, tanta ansiedade, agora parece uma coisa tão agradável que eu quase fico triste de perder...
... acho que preciso rever a minha decisão de nunca mais pular de Skycoaster!
Amanhã sai o resultado do doutorado, e daqui a 1 semana já é a 1a fase da Fuvest, e daí o futuro começa a ser amarrado. Pega o balão, prende bem firme e de repente... puf! o que era vento começa a virar coisa! Quando imaginação vira matéria a gente ganha em segurança o que perde em fantasia.
Engraçado perceber como esse sentimento de não saber o futuro, que já foi tão assustador, tanta agonia, tanta ansiedade, agora parece uma coisa tão agradável que eu quase fico triste de perder...
... acho que preciso rever a minha decisão de nunca mais pular de Skycoaster!
17.11.04
Invejo aos poetas essa capacidade de botar a alma para fora, ao sol. Desavergonhada e corajosamente expor o que se guarda com tanto cuidado. Sempre tive essa impressão de que sentimentos são assim como a água: postos ao sol, evaporam-se, os perdemos... Sempre temi que se queimassem, se ferissem, se expostos a olhos estranhos e menos conhecedores dos meus comos e porquês. E no entanto padeço desta mesma necessidade que sente todo o humano, que é a de se mostrar e ser aceito. É assim que tomo emprestada as palavras de outros poetas, e as faço minhas, e digo sem precisar dizer aquilo que já não posso mais esconder...
14.11.04
ODE VIRTUAL
[...]
Êba! êba! êba!
Êba eletricidade, circuitos doentes da Matéria!
Êba internet-sem-fios, cyber-simpatia do Inconsciente!
Êba cabos, êba sites, Google, Microsoft, Hotmail!
Êba todo o passado já dentro do presente!
Êba todo o futuro já dentro de nós! Êba!
Êba, êba, êba!
Bits e bytes e códigos da rede-teia virtual!
Êba! êba! êba, êba-hô-ô-ô!
Nem sei que existo para dentro. Computo-me, compilo-me, processo-me.
Conectam-me em todos os terminais.
Transferem-me de servidor a servidor.
Acesso o sistema operacional.
Êba! Êba-hô-êba!
Êba! Sou o código binário!
Êba! êba! êba!
Êba eletricidade, circuitos doentes da Matéria!
Êba internet-sem-fios, cyber-simpatia do Inconsciente!
Êba cabos, êba sites, Google, Microsoft, Hotmail!
Êba todo o passado já dentro do presente!
Êba todo o futuro já dentro de nós! Êba!
Êba, êba, êba!
Bits e bytes e códigos da rede-teia virtual!
Êba! êba! êba, êba-hô-ô-ô!
Nem sei que existo para dentro. Computo-me, compilo-me, processo-me.
Conectam-me em todos os terminais.
Transferem-me de servidor a servidor.
Acesso o sistema operacional.
Êba! Êba-hô-êba!
Êba! Sou o código binário!
O que vemos nós das cousas são as cousas.
Por que veríamos nós uma cousa se houvesse outra?
Por que é que ver e ouvir seriam iludirmo-nos
Se ver e ouvir são ver e ouvir?
O essencial é saber ver,
Saber ver sem estar a pensar,
Saber ver quando se vê,
E nem pensar quando se vê
Nem ver quando se pensa.
Mas isso (tristes de nós que trazemos a alma vestida!),
Isso exige um estudo profundo,
Uma aprendizagem de desaprender
E uma seqüestração na liberdade daquele convento
De que os poetas dizem que as estrelas são as freiras eternas
E as flores as penitentes convictas de um só dia,
Mas onde afinal as estrelas não são senão estrelas
Nem as flores senão flores.
Sendo por isso que lhes chamamos estrelas e flores.
(Alberto Caieiro)
Por que veríamos nós uma cousa se houvesse outra?
Por que é que ver e ouvir seriam iludirmo-nos
Se ver e ouvir são ver e ouvir?
O essencial é saber ver,
Saber ver sem estar a pensar,
Saber ver quando se vê,
E nem pensar quando se vê
Nem ver quando se pensa.
Mas isso (tristes de nós que trazemos a alma vestida!),
Isso exige um estudo profundo,
Uma aprendizagem de desaprender
E uma seqüestração na liberdade daquele convento
De que os poetas dizem que as estrelas são as freiras eternas
E as flores as penitentes convictas de um só dia,
Mas onde afinal as estrelas não são senão estrelas
Nem as flores senão flores.
Sendo por isso que lhes chamamos estrelas e flores.
(Alberto Caieiro)
12.11.04
Quando ele me disse que sim, faria o que fosse necessário para ficar comigo, porque sabia que nós dois não seríamos apenas uma nota de rodapé na página da vida um do outro, eu acreditei. E no entanto, o romance foi curto, e acabou. Ficaram coisas boas: um bom amigo, um bom CD de blues... Mas hoje me dou conta de que o texto da nossa história não vai dar mesmo mais do que uma nota de rodapé, e eu já até sei qual é ela (1).
_____________________________________
(1)Consegui o CD do Sunwalk com um estudante de publicidade e propaganda que eu conheci pelo Orkut em 2004. Tivemos um breve romance. Me apaixonei porque ele dizia umas coisas lindas, mas tão verdadeiras quanto um comercial de cerveja.
11.11.04
5.11.04
2.11.04
A Dor do Não Vivido
Recebi da Karina e me fez refletir muito...
Definitivo, como tudo o que é simples.
Nossa dor não advém das coisas vividas, mas das coisas que foram sonhadas e não se cumpriram. Por que sofremos tanto por amor? O certo seria a gente não sofrer, apenas agradecer por termos conhecido uma pessoa tão bacana, que gerou em nós um sentimento intenso e que nos fez companhia por um tempo razoável, um tempo feliz.
Sofremos por quê? Porque automaticamente esquecemos o que foi desfrutado e passamos a sofrer pelas nossas projeções irrealizadas, por todas as cidades que gostaríamos de ter conhecido ao lado do nosso amor e não conhecemos, por todos os filhos que gostaríamos de ter tido junto e não tivemos, por todos os shows e livros e silêncios que gostaríamos de ter compartilhado, e não compartilhamos. Por todos os beijos cancelados, pela eternidade.
Como aliviar a dor do que não foi vivido? A resposta é simples como um verso: Se iludindo menos e vivendo mais!!! A cada dia que vivo, mais me convenço de que o desperdício da vida está no amor que não damos, nas forças que não usamos, na prudência egoísta que nada arrisca, e que, esquivando-se do sofrimento, perdemos também a felicidade. A dor é inevitável. O sofrimento é opcional.
Definitivo, como tudo o que é simples.
Nossa dor não advém das coisas vividas, mas das coisas que foram sonhadas e não se cumpriram. Por que sofremos tanto por amor? O certo seria a gente não sofrer, apenas agradecer por termos conhecido uma pessoa tão bacana, que gerou em nós um sentimento intenso e que nos fez companhia por um tempo razoável, um tempo feliz.
Sofremos por quê? Porque automaticamente esquecemos o que foi desfrutado e passamos a sofrer pelas nossas projeções irrealizadas, por todas as cidades que gostaríamos de ter conhecido ao lado do nosso amor e não conhecemos, por todos os filhos que gostaríamos de ter tido junto e não tivemos, por todos os shows e livros e silêncios que gostaríamos de ter compartilhado, e não compartilhamos. Por todos os beijos cancelados, pela eternidade.
Como aliviar a dor do que não foi vivido? A resposta é simples como um verso: Se iludindo menos e vivendo mais!!! A cada dia que vivo, mais me convenço de que o desperdício da vida está no amor que não damos, nas forças que não usamos, na prudência egoísta que nada arrisca, e que, esquivando-se do sofrimento, perdemos também a felicidade. A dor é inevitável. O sofrimento é opcional.
1.11.04
#41
To someone who's farther away each day...
"I will go in this way
And find my own way out
I wont tell you to stay
But I’m coming to much more"
(Dave Matthews)
"I will go in this way
And find my own way out
I wont tell you to stay
But I’m coming to much more"
(Dave Matthews)
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