– Computador – grasnou –, abra uma linha para meu terapeuta cerebral.
(...)
– Olá, prezado Capitão dos Vogons Prostetnic, como estamos nos sentindo hoje? – disse ele.
O Capitão Vogon lhe contou que nas últimas poucas horas tinha exterminado quase metade de sua tripulação num exercício disciplinar.
O sorriso de Halfrunt não se abalou um milímetro sequer.
– Bom – disse ele –, creio que este é um comportamento perfeitamente normal para um vogon, não é? Essa forma natural e saudável de canalizar os instintos agressivos em atos de violência sem sentido.
– Isso – resmungou o vogon – é o que você sempre diz.
– Ótimo! – disse Halfrunt – pois creio que este é um comportamento perfeitamente normal para um psiquiatra. Bem, vejo claramente que nós dois estamos muito bem ajustados em nossas atitudes mentais hoje. Agora me diga, quais são as notícias da missão?
– Localizamos a espaçonave.
– Maravilhoso – disse Halfrunt – maravilhoso! E os ocupantes?
– O terráqueo está lá.
– Excelente. E... ?
(...)
– E Zaphod Beeblebrox.
Por um instante, o sorriso de Halfrunt estremeceu.
– Ah, sim – disse ele –, eu esperava por isso. É realmente uma pena.
– Um amigo pessoal? – perguntou o vogon, que tinha ouvido essa expressão em algum lugar e decidiu experimentar.
– Ah, não – disse Halfrunt – em minha profissão não fazemos amigos pessoais.
– Entendo – grunhiu o vogon – vocês precisam manter um distanciamento profissional.
– Não – disse Halfrunt alegremente – é só que não levamos muito jeito pra essas coisas mesmo.
(DOUGLAS ADAMS – “O Restaurante no Fim do Universo”)
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Greetings from Mexico
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