26.12.06
21.11.06
Ponta com Ponta
Control Alt Del
Faria se pudesse. Mas prossigo vivendo a vida de agora com toda a vida de antes ainda grudada nela. A minha vida de antes, a vida dele de antes, e as vidas dos outros também... Vai ter que ser assim agora, e provavelmente, vai ser assim pra sempre...
*****
Já que eu não ando escrevendo, vamos falar do que eu ando lendo. Aqui vai um post de um blog chamado Mme. Mean (link no título). Ao qual eu respondo: "Amém".
Dos olhos que se perdem.
Que nunca me digam teus olhos que já não posso alcançar-te, que nunca me falem por onde te (me) perdeste, que nunca me contem desfeitos, descuidos, desmundos, que nunca me desencontrem. Que nunca me (re)voltem teus olhos trazendo um outro de ti. Que nunca me reencontrem teus olhos, tão perto que ainda pareçam teus, tão longe que já não possam ser.12.11.06
TUDO PELOS ARES
Asas mortas no chão
desde a primeira audição
da palavra impossível.
(Fabio Rocha)
26.10.06
Nothing Worthy Ever Is...
21.10.06
25.8.06
Desaforismos
Segundo que eu não sou astróloga pra ficar lendo nas "estrelinhas".
Terceiro que Sartre é quem tinha razão - "o inferno são os outros".
11.8.06
8.8.06
Todo mundo vendo tudo vermelho – ou – O estranho caso do psicólogo pensante
Na aula de comunicação e expressão hoje (sim, estou tendo que passar por isso) a polêmica correu solta por causa de um texto da Clarice Lispector que tínhamos de interpretar. O texto, sobre um gordinho e feliz coelhinho branco que um dia cismou de fugir, se arrependeu, voltou para a sua casinhola e viveu feliz e gordinho para sempre gerou um monte de interpretações à la “Marx-não-morreu” sobre lutas pela libertação dos oprimidos, conformação com o que nos é oferecido pelos opressores, e mais um tanto de ideologias que já nos foram repetidas à exaustão. Tentei chamar o povo à razão, afinal, por favor, gente, coelho não é classe trabalhadora, não é roubado na mais-valia produzida, o coelho nem estava revoltado, e pra falar a verdade, nem sequer teve a idéia de fugir! O tal coelho, que estava mais pra explorador do que explorado - já que outros trabalhavam para o manter limpo, branquinho e alimentado – veja bem, o tal do coelho um belo dum dia cheirou uma idéia que nem era dele e resolveu fugir da casinhola... meia volta na calçada, e percebeu que se quisesse continuar a manter a rechonchuda silhueta daqui pra frente ia ter que ganhar a cenoura com o suor dos seus bigodes. E de volta à sua antiga vidinha, viveu feliz, feliz...
Não é que eu não entenda que a metáfora é possível, sim. Mas me preocupa essa “lavagem cerebral” que a gente sofre quando estuda ciências sociais que nos faz ver revolta popular em qualquer situação em que alguém se cansou da rotina e foi dar uma voltinha. E da mesma forma, essa visão de que no fundo, no fundo, todo mundo tem láááá no fundinho um desejo de se libertar de alguma coisa que ninguém nem sabe o que é, mas que é imposta sobre ele por um outro ser humano que está numa posição diferente. Muito me aborrece essa ficção de que a luta contra o seu diferente é boa, é necessária, já está plantada em cada um de nós que nasce. Perigoso esse negócio de sair cheirando qualquer idéia.
Só não quero ser mal compreendida: não, não sou Alckmista, como me “acusaram” (Alckimista no sentido de quem vota no Alckmin, não alquimista no sentido do livro do Paulo Coelho, ainda que o texto fale muito de Paulo, e muito de coelho), e muito menos conformista, muito pelo contrário. Eu também acho que esse mundo ainda está por consertar e que há muito trabalho pela frente. Mas estou cansada desta visão sociológica que só enxerga as diferenças entre os grupos de pessoas; cansada de tanta antropologia procurando divergências sutis entre as culturas (pensem no Líbano e em Israel e digam se eu não tenho alguma razão!). Acho que o século XXI tem que ser o século da psicologia social: vamos finalmente sair à procura daquilo que nos une, daquilo tudo o que temos em comum, das nossas similaridades, daquilo que faz de todos nós, todos os 6 bilhões, seres humanos.
Sim, há uma guerra a ser travada em busca de transformar esse mundo. Mas nessa guerra eu não vou com o exército. Quero ser da cruz vermelha.
E para quem ainda não conhece...
O MISTÉRIO DO COELHO PENSANTE
Pois olhe, Paulo, você não pode imaginar o que aconteceu com aquele coelho.
Se você pensa que ele falava, está enganado. Nunca disse uma só palavra na vida. Se pensa que era diferente dos outros coelhos, está enganado. Para dizer a verdade, não passava de um coelho. O máximo que se pode dizer é que se tratava de um coelho muito branco.
Por isso tudo é que ninguém nunca imaginou que ele pudesse ter algumas idéias. Veja bem: eu nem disse “muitas idéias”, só disse “algumas”. Pois olhe, nem de algumas achavam ele capaz.
A coisa especial que acontecia com aquele coelho era também especial com todos os coelhos do mundo. É que ele pensava essas algumas idéias com o nariz dele. O jeito de pensar as idéias dele era mexendo bem depressa o nariz. Tanto franzia e desfranzia o nariz que o nariz vivia cor-de-rosa. Quem olhasse podia achar que pensava sem parar. Não é verdade. Só o nariz dele é que era rápido, a cabeça não. E para conseguir cheirar uma só idéia, precisava franzir quinze mil vezes o nariz.
Pois bem. Um dia o nariz de Joãozinho – era assim que se chamava esse coelho – um dia o nariz de Joãozinho conseguiu farejar uma coisa tão maravilhosa que ele ficou bobo. De pura alegria, seu coração bateu tão depressa como se ele tivesse engolido muitas borboletas. Joãozinho disse para ele mesmo:
- Puxa, eu não passo de um coelho branco, mas acabo de cheirar uma idéia tão boa que até parece idéia de menino!
E ficou encantado. A idéia que tinha cheirado era tão boa quanto o cheiro de uma cenoura fresca.
Joãozinho começou então a trabalhar nessa idéia. E para isso precisou mexer tanto o nariz que dessa vez o nariz ficou quase vermelho. Coelho tem muita dificuldade de pensar, porque ninguém acredita que ele pense. E ninguém espera que ele pense. Tanto que a natureza do coelho até já se habituou a não pensar. E hoje em dia eles todos estão conformados e felizes. A natureza deles é muito satisfeita: contanto que sejam amados, eles não se incomodam em ser burrinhos.
Como eu ia contando, Joãozinho começou a trabalhar na idéia. A idéia era a seguinte: fugir da casinhola todas as vezes que não houvesse comida na casinhola.
Mas o problema era o seguinte: como é que ia poder sair de lá de dentro?
A casinhola tinha grades muito estreitas, e Joãozinho, além de branco, era gordo. É claro que não podia passar pelas grades. O único modo de se abrir a casinhola era levantando o tampo. E o tampo, Paulo, era de ferro pesado, só gente é que sabia levantar.
Durante dois dias Joãozinho franziu e desfranziu o nariz milhares de vezes para ver se cheirava a solução. E a idéia finalmente veio. Dessa vez, Paulo, foi uma idéia tão boa que nem mesmo criança, quem tem idéias ótimas, pode adivinhar.
A idéia foi a seguinte: ele descobriu como sair da casinhola. E, se bem pensou, melhor fez. De repente os donos do coelho viram o coelho na calçada, gritaram, correndo atrás dele, chamaram as outras crianças da rua – e todas juntas cercaram Joãozinho e finalmente conseguiram prendê-lo de novo.
Você na certa está esperando que eu agora diga qual foi o jeito que ele arranjou para sair de lá.
Mas aí é que está o mistério: não sei!
E as crianças também não sabiam. Porque, como eu lhe disse, o tampo era de ferro pesado. Pelas grades? Nunca! Lembre-se de que Joãozinho era um gordo e as grades eram apertadas.
Enquanto isso, as crianças, que não têm natureza boba, foram notando que o coelho branco só fugia quando não havia comida na casinhola. De modo que nunca mais se esqueceram de encher o prato dele.
E a vida, para aquele coelho branco, passou a ser muito boa. Comida era o que não lhe faltava.
(Clarisse Lispector)
28.7.06
4.7.06
E como é que se escreve sobre aquilo que ainda não sabemos o que é, que nos faz sentir medo e prazer, que parece trazer em si certezas atemporais e dúvidas aterradoras? Que dá frio na barriga e calor no coração? Que toca sentimentos totalmente novos, e outros totalmente primitivos? Que é ao mesmo tempo nobre e bárbaro?
Que a poesia fale por mim...
Through the dark - KT Tunstall
As I walk away
I look over my shoulder
To see what I'm leaving behind
Pieces of puzzles
And wishes on eyelashes fail
Oh, how do I show
All the love inside my heart?
For this is all new
And I'm feeling my way through the dark
I used to talk
With honest conviction
Of how I predicted my world
I'm gonna leave it to stargazers
Tell me what your telescope says
Oh, what is in store for me now?
It's coming apart
I know that its true
Cos I'm feeling my way through the dark
Trying to find a light on somewhere
Trying to find a light on somewhere
I'm finding I'm falling
in love with the dark over here
Oh, what do I know, I don't care
Where I start
For my troubles are few
As I'm feeling my way through the dark
Through the dark
I'm feeling my way through the dark
14.6.06
11.6.06
5.6.06
Sampa
em uma rua qualquer de São Paulo
no dia em que eu corria a São Silvestre.
O despertador tocou na hora errada
(justo quando, no sonho, a gente estava abraçado)
e eu acordei sentindo a sua falta,
e querendo que tudo aquilo fosse verdade:
numa rua qualquer, no meio do dia.
Que essa cidade maluca, essa vida
fosse menos agreste.
Que você me abraçasse
e eu pudesse parar de correr, de correr...
23.5.06
Espontânea
Brotam como uma rosa que desabrocha em pleno ar,
sem caule, sem raiz,
ou qualquer ligação com o chão.
Trazem consigo esta beleza
meio mágica,
meio súbita,
e um pouco sobrenatural...
10.5.06
8.5.06
28.4.06
15.4.06
MAUMOR
NUNTENCABIMENTU
QUIBARBARIDADI
QUIFALTADIRRESPEITU
QUIBAITABISSURDU
QUIEGOISMU
INDIVIDUALISMU
BURRISSIMEMU
QUIPUTAFOLGA
HAJASSANTAPASSIENSA...
AH! QUIPASSIENSAQUINADAVAIPRUINFERNU!!!
INUMIAMOLA.
28.3.06
24.3.06
6.3.06
Questions in my heart
Eu queria perguntar: "Será que voce se esqueceu de tudo o que tínhamos em comum?" Mas disse apenas: "E aí, gostou dos filmes?"
Eu queria saber se ele já tinha pensado em como seria se nós estivessemos juntos, mas só disse que estava com sono.
Eu me perguntava como e' que ele tinha sido capaz de transformar uma amizade de profunda em superficial, mas falei de trabalho somente.
Eu queria dizer: "Foi voce quem se mudou, agora sou eu quem tem que telefonar?", mas disse apenas "Te vejo no sábado"
Eu queria pedir: "Por favor, não me esqueça". Mas só consegui dizer: "Vamos ver no que vai dar".
18.2.06
Tem dias...
Aroma do jasmineiro no ar.
E o teu cheiro,
Onde?
(Cristina Figueiredo)
17.2.06
O Gato
Lesto e seguro
O gato passa
Do chão ao muro
Logo mudando
De opinião
Passa de novo
Do muro ao chão
E pega corre
Bem de mansinho
Atrás de um pobre
De um passarinho
Súbito, pára
Como assombrado
Depois dispara
Pula de lado
E quando tudo
Se lhe fatiga
Toma seu banho
Passando a língua
Pela barriga.
(um poeminha de Vinícius de Moraes, da Arca de Noé, vindo direto da minha infância para comemorar um fato feliz: o Michel, meu gato virtual, ganhou uma "irmãzinha" real: Dora, uma gatinha que eu adotei!!!)
31.1.06
Em defesa da amizade entre homens e mulheres
Esses dias eu estava lendo a reportagem da Veja sobre “traição virtual” e algumas passagens do texto me deixaram ASSUSTADA.
Os tais especialistas consultados inventaram uma coisa que eles estão chamando de “traição branca”, ou seja, sem sexo. Eles qualificam relacionamentos virtuais de um dos cônjuges com pessoas de outro sexo como a tal da “traição branca” quando se trata de conversas que denotam um certo grau de intimidade, de familiaridade, conversas nas quais ocorrem confissões e outras demonstrações de proximidade emocional. E dizem que essa tal de traição branca é efetivamente capaz de abalar um relacionamento.
Isso me espantou de verdade. Pra começar, se é que esses tais especialistas (psicólogos e similares... o que me espera quando eu me formar??) sabem mesmo do que é que eles estão falando, podemos assumir que eles refletem em seu discurso uma visão que é amplamente difundida na sociedade. Algo como “É consenso no consultório que...”. O que seria, na verdade, a única justificativa para que se ouça o que eles têm a dizer em uma revista de circulação nacional. Então, pelo menos por hora, vamos assumir que este seja um ponto de vista generalizado...
Bem, ou muito me engano, ou esse tipo de relacionamento que ocorre com intimidade, familiaridade, confissões e outras demonstrações de proximidade emocional sem envolvimento sexual antigamente tinha um outro nome, que era AMIZADE. E se vamos partir agora pra um nível de possessividade num relacionamento que é tão grande ao ponto de se cogitar que um casamento possa ser abalado por uma simples amizade, acredito que a nossa visão sobre este tipo de vínculo precisa ser reavaliada urgentemente.
O artigo não faz essa distinção, mas subentende-se que os tais especialistas diferenciam a antiga amizade dessa nova “traição branca” com base em um conceito: o fato de que a amizade se dá entre pessoas do mesmo sexo, e a tal “T.B.” (pra encurtar a bobagem) entre indivíduos de sexos diferentes. E se for isso mesmo, fico ainda mais preocupada, pois isso seria um sinal de que estaríamos nos rendendo de volta a uma visão muito antiquada e machista de que a boa e velha amizade simplesmente é algo que não existe entre homem e mulher.
De duas, uma ( e parece que pelo menos desta vez serei capaz de chegar a alguma conclusão):
1) ou é preciso rever com muito cuidado os nossos pontos de vista sobre até onde vai a nossa liberdade pessoal dentro de um relacionamento como um casamento, já que há muito se sabe que essa coisa de 2 que se casam e viram 1 nunca deu nem dará certo;
2) ou então tem “especialista” por aí querendo ganhar dinheiro em cima de criar um problema novo sobre algo que não só nos é familiar, como também nunca foi nem deveria ser um problema.
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Se você acompanha regularmente este blog e está desapontado porque eu havia dito que não fazia “post raciocínio”, só “post sentimento”... pois é, em 2006 até agora estou sentindo com a cabeça! heheheheheheeh
13.1.06
Raciocina comigo...
Eu nasci em 1977, ano em que o divórcio foi institucionalizado no Brasil. Pois é: eu e o fracasso oficializado do casamento temos algo em comum. Cresci na década de 80 junto com os primeiros filhos de pais separados, acreditando, conforme a crença existente naquela época em uma pequena cidade do interior, que aquelas crianças filhas de pais divorciados nunca seriam capazes de se envolver em um relacionamento estável por falta de um modelo apropriado em suas infâncias. Pobrezinhos, filhos do divórcio... “Minha filha, cuidado quando for arrumar namorado! Veja se o menino não vem de um lar desfeito!” A gente acreditava que esses nunca iam saber ser “bons maridos”...
Mas eis que as décadas foram passando, e depois daquela safra de casamentos ‘de feto’ mas não ‘de fato’ que a gente presencia no início da adolescência, a uma certa altura do campeonato, as pessoas começam a casar de “caso pensado”. Para a minha surpresa, fui percebendo que, via de regra, os filhos de pais divorciados se atiram em direção ao casamento muito mais rápido e com muito mais entusiasmo do que nós, filhos de casamentos duradouros. Eles vão com determinação e ímpeto, dispostos a construir uma relação sobre bases novas e sem repetir os erros que determinaram o fracasso dos casamentos de seus pais. Me parece que os divórcios em suas histórias lhes deram um senso de “controle” dos problemas relacionados ao casamento, e uma idéia de que, se tudo for mal, ainda há o que se fazer afinal.
Em contrapartida, os filhos de relacionamentos duradouros me parecem responder a uma visão de que o casamento é uma prisão de onde não se escapa, uma cela dentro da qual as suas individualidades sofrerão inexoravelmente as maiores e mais cruéis formas de tortura – uma armadilha a se evitar a todo custo. Há momentos em que eu também me sinto assim, ao observar certas características de antigos casamentos, e mesmo do casamento dos meus pais. Descubro, perplexa, aos 28 anos, que na verdade sou eu a pobre criança sem um modelo decente a seguir.
Não obstante, de poucos anos para cá, um outro modelo de casamento me apareceu: aquele dos meus amigos recém-casados, filhos de divorciados. Já me peguei mais de uma vez perguntando a alguma amiga com poucos anos de casada: “Mas e aí? Vale mesmo a pena esse negócio?” Ao que recebo toda vez mais ou menos a mesma resposta: “É legal, mas se for pra ser feito direito, dá trabalho”.
De qualquer modo, das respostas delas extraio uma lista mais ou menos clara das características que devo procurar num rapaz se um dia qualquer desses eu decidir que vou mesmo entrar nessa de casar. E então, outra surpresa: as características que fazem um bom marido são diferentes daquelas que fazem um bom namorado, de maneira que me senti traída mais uma vez. Sempre acreditei que namorar era uma espécie de “test-drive” de casar, e com isso hoje eu vejo que pelo menos um dos namoros que terminei até tinha grandes chances de dar num bom casamento.
As características que fazem um bom marido (e uma boa esposa, da mesma forma), segundo este novo modelo, estão na verdade bem mais próximas daquelas que fazem um bom amigo. Neste ponto, me pergunto: “qual a vantagem de se ter 1 marido, quando se pode ter uns 4 ou 5 bons amigos (isso sem falar nas amigas)?" Mas uns meses depois me ocorreu que uma resposta possível é a de que, mais cedo ou mais tarde, os seus amigos também se casam, e daí eles começam a se envolver em uns assuntos dos quais fica difícil participar a menos que você convença a todos eles de que você seria a madrinha ideal pros filhos deles. Algo me diz, no entanto, que não é a mesma coisa...
Então tá. Ao fim e ao cabo, cheguei num ponto do raciocínio em que a lógica toda de se casar está em se poder ter filhos, formar uma família. Derivo pra 3 perguntas:
1) Será possível que eu vou ter que voltar a ser católica e dar o braço a torcer para aquele padre ortodoxo que falou uma vez que o propósito único do casamento é a procriação??
2) E se o propósito 1º. do casamento é de se formar uma família e ter filhos, será que o propósito 2º. é o de se passar por um divórcio doloroso com o testemunho das crianças, para que elas também possam se desenvolver em adultos casadoiros?
3) E se eu não quiser ter filhos?
É um beco sem saída. Eu devo ter perdido alguma passagem ali pra trás, esqueci de inverter algum sinal quando passei um termo de um lado a outro da equação, porque de alguma maneira eu terminei com uma conclusão que diz:
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