A bunda, que engraçada.
Está sempre sorrindo, nunca é trágica.
Não lhe importa o que vai
pela frente do corpo. A bunda basta-se.
Existe algo mais? Talvez os seios.
Ora - murmura a bunda - esses garotos
ainda lhes falta muito que estudar.
A bunda são duas luas gêmeas
em rotundo meneio. Anda por si
na cadência mimosa, no milagre
de ser duas em uma, plenamente.
A bunda se diverte
por conta própria. E ama.
Na cama agita-se. Montanhas
avolumam-se, descem. Ondas batendo
numa praia infinita.
Lá vai sorrindo a bunda. Vai feliz
na carícia de ser e balançar
Esferas harmoniosas sobre o caos.
A bunda é a bunda
redunda.
(poeminha do Carlos Drummond de Andrade em homenagem a um acesso de irreverência que eu presenciei este final de semana! :-) )
2 comments:
agora sim...tem tudo a ver...adorei essa bunda...beijao
ka
Oi Tati!!! Salve a bunda! rsss... Cada coisa... =P
Quanto ao post passado... Fernando Pessoa é Fernando Pessoa... Escrever já é "difícil"... Heterônimos, então! rss...
Big bjo p/ ti...
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