"Antes o vôo da ave, que passa e não deixa rasto,
Que a passagem do animal, que fica lembrada no chão.
A ave passa e esquece, e assim deve ser.
O animal, onde já não está e por isso de nada serve,
Mostra que já esteve, o que não serve para nada.
A recordação é uma traição à Natureza,
Porque a Natureza de ontem não é Natureza.
O que foi não é nada, e lembrar é não ver.
Passa, ave, passa, e ensina-me a passar!"
(Alberto Caieiro)
Este poema é para mim como uma oração. Rezo para que o meu coração aprenda a deixar passar as pessoas e as coisas que estiveram em minha vida mas que aqui já não estão mais. E deixar passar quem morreu, quem partiu, quem mudou, quem me abandonou...
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1 comment:
Desculpe a ausência, mas acho que me deixei passar, fui embora, não sei onde estou, quando consegui me emcontrar, posso pegar minhas pernas e ir ao teu encontro. Você é muito importante para mim. beijos Ká
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