26.2.05
24.2.05
Pros meus maiores amigos
Então quero dizer duas coisas: a primeira é que eu estou muito feliz com a família que eu venho escolhendo pra mim esses anos todos. A segunda é que conforme a vida vai passando, a gente vai descobrindo que esses laços vão ficando mais e mais fortes, e a gente começa a concretizar aquilo que antes era só um sentimento.
Fui convidada pra ser madrinha do casamento do Paulo com a Jordana. O Paulo é meu amigo já vai quase 10 anos, praticamente um irmão pra mim. O irmão que eu escolhi. A Dani, minha grande grande amiga da faculdade, e vai ver de outras encarnações tb (ela deve saber se isso é verdade, mas nunca me contou), vai ser madrinha dele também. Ela vai acompanhada do marido dela, o Ronan, que foi um amigo muito querido que eu ganhei quando os dois começaram a namorar. E hoje em dia, tampém parte da minha "família" porque eu fui madrinha do casamento dos dois! E a Jordana, bom, a Jordana eu não conheço ainda, mas se vai casar com meu "irmão", e ser "afilhada" da minha "afilhada", ah, já comecei a gostar dela já! hehehehe...
E hoje me peguei pensando nisso. Que de repente esses laços de família da família que eu escolhi e que eu ganhei, que antes só existiam dentro do nosso coração, estão pouco a pouco se consolidando e se transformando em coisas mais palpáveis... e agora, não são só meus amigos, mas também meus afilhados, e meus "cunhados"...
E é bonito demais que possa fazer uma coisa dessas nessa vida!
22.2.05
20.2.05
Que a passagem do animal, que fica lembrada no chão.
A ave passa e esquece, e assim deve ser.
O animal, onde já não está e por isso de nada serve,
Mostra que já esteve, o que não serve para nada.
A recordação é uma traição à Natureza,
Porque a Natureza de ontem não é Natureza.
O que foi não é nada, e lembrar é não ver.
Passa, ave, passa, e ensina-me a passar!"
(Alberto Caieiro)
Este poema é para mim como uma oração. Rezo para que o meu coração aprenda a deixar passar as pessoas e as coisas que estiveram em minha vida mas que aqui já não estão mais. E deixar passar quem morreu, quem partiu, quem mudou, quem me abandonou...
17.2.05
Um vento muito leve passa,
E vai-se, sempre muito leve.
Eu não sei o que penso
Nem procuro sabê-lo.”
(Alberto Caieiro )
Chega de fazer e desfazer malas. Chega de estrada. Chega de suspenses e sobressaltos. Estou cansada, esgotada. Estou querendo ficar quieta, calada, sozinha. Estou com sono, me sinto triste. Sinto fome. Duas semanas, muito aconteceu, dentro e fora do meu coração. Mas depois de dias como que anestesiada, finalmente sinto que sinto alguma coisa. Uma brisa leve muito leve passa. Não sei o que sinto, nem tento sabê-lo.
Meu irmão está cada vez mais velho e circunspecto. Minha mãe sempre o defendeu, e meu pai a mim. Agora que estamos envelhecendo, ele defende minha mãe, e eu o meu pai. O que teria acontecido se não fôssemos quatro? Leve, leve, muito leve...
O mundo é machista. Dirijo há mais tempo, tenho mais experiência ao volante. Mas meu irmão vai dirigindo. É machista. Estou menos cansada e sou menor. Mas meu irmão é quem dorme no sofá. Família sempre me faz querer pensar em tanta coisa... mas "o mundo não se fez para pensarmos nele, mas para olharmos para ele e estarmos de acordo". E uma brisa leve muito leve passa...
Eu não sei o que quero, nem tento saber. Eu não sei o que é, nem tento saber. Não sei o que foi, nem tento saber. Não sei o porque, nem tento saber. A nossa biologia, a nossa mortalidade, o nosso corpo... o que é quando ele nos abandona? A minha tia morreu afogada no próprio sangue, que o coração dela não conseguia mais bombear para fora do pulmão. E vai-se, sempre muito leve...
“Mas a minha tristeza é sossego
Porque é natural e justa
E é o que deve estar na alma”
(Alberto Caieiro)
16.2.05
15.2.05
Acima do Sol - Skank
Achar um cara que lhe queira
Como você não quis fazer
Sim, eu sei que ela só vai
Achar alguém pra vida inteira
Como você não quis...
Tão fácil perceber
Que a sorte escolheu você
E você, cego, nem nota
Quando tudo ainda é nada
Quando o dia é madrugada
Você gastou sua cota
Eu não posso te ajudar
Nesse caminho não há outro
Que por você faça
Eu queria insistir
Mas o caminho só existe
Quando você passa
Quando muito ainda é pouco
Você quer, infantil e louco,
O sol acima do sol
Mas quando sempre é sempre nunca
Quando ao lado ainda é muito
Mais longe que qualquer lugar
Um dia ela já vai
Achar um cara que lhe queira
Como você não quis fazer
Sim, eu seu que ela só vai
Achar alguém pra vida inteira
Como você não quis...
Se a sorte lhe sorriu,
Porque não sorrir de volta?
Você nunca olha à sua volta
Não quero estar sendo mau,
Moralista ou banal
Aqui está o que me afligia
Um dia ela já vai
Achar um cara que lhe queira
Como você não quis fazer
Sim, eu sei que ela só vai
Achar alguém pra vida inteira
Como você não quis...
13.2.05
"You live you learn
You love you learn
You cry you learn
You lose you learn
You bleed you learn
You scream you learn
You grieve you learn
You choke you learn
You laugh you learn
You choose you learn
You pray you learn
You ask you learn
You live you learn "
Quisera eu ter assim tanto otimismo... Tem horas em que eu acho que a gente bate a cabeça, bate a cabeça, mas nunca aprende.
12.2.05
11.2.05
"Acontecências" carnavalescas
De modo que eu acabo de vir de 6 longos (na verdade, nem tão longos assim) dias de sol e calor e praia e areia e mar e filtro solar, intercalados com muita bobagem, como convém a uma viagem de férias, coca-cola, e cerveja, e queijinho coalho assado na brasa e na hora com "moi di ai", "bixcoitos" globo, umas castanhas de caju assassinas, um céu espetacular, e montanhas, e a brisa do mar, e muita maresia ardendo o olho e embaçando os óculos, vários capotes, e caixotes, e uns caldos mesmo, que o mar tava forte, palhaçadas e mais palhaçadas, o toque da cornetinha do Torão desfiando o tema de Parque dos Dinossauros quando a gente avistava alguns pterodáctilos (mais comumente conhecidos como gaivotas), muitas e muitas e muitas vezes a mesma música do mesmo CD do Sublime, manifestações de apreço do povo da Krakósnia (perai.... isso aqui a gente inclui no item palhaçadas/bobagens) e inúmeras historietas que vão render assunto até o carnaval do ano que vem!
Numa dessas idas (ou vindas) da praia pro AP ou vice-versa, a gente teve a felicidade de se deparar com a Rua das Acontecências, evento este que além de enriquecer o nosso vocabulário ainda nos fez pensar em algumas das acontecências mais memoráveis da viagem. Como no dia em que a gente pegou uma balsa pra cruzar a lagoa que separa os prédios da praia e tivemos o prazer de desfrutar da companhia de um misterioso rapaz vestindo uma cueca da Capricho (sim, a revista!). Ou como todas as vezes em que pudemos constatar que, embora aqui no estado de São Paulo a máxima "as placas não mentem" pode ser levada ao pé da letra, no estado do Rio é melhor ficar mais "ixperto" porque o sistema de tráfego é cheio de uns "te peguei", só não conseguimos encontrar a câmera filmando a pegadinha... Também foi memorável a nossa visita ao lendário bar Shenanigans, um Irish Pub onde pudemos beber a mais legítima e caríssima cerveja irlandesa. Assistimos "Os Normais - O Filme" e rolamos de rir com o Evandro Mesquita e os seus "A Vani é de fuder!" e "Puta que o parau!" Participamos da mais peculiar festa-trance metida a Rave que já existiu defronte a uma praia, e que só acabou no dia seguinte, com a constatação que entre mortos e feridos salvaram-se todos, com excessão do dedão do meu pé que fez bolha e do colchão da Vanessa, que acordou fora do estrado! Aprendi que passarinhos voam sim em formação aqui no Brasil, e insistem em ficar voando em V pra cá e pra lá só pra me desmentir! Ouvimos a voz de Deus, que tava querendo bater um papo com a gente, e nos recomendou que não contrariássemos aqueles que nos amam, mas apesar de todo o amor que sentíamos uns pelos outros, a gente não conseguiu obedecer muito bem não... Descobrimos duma maneira bem triste e molhada que não dá pra tentar enganar São Pedro botando chocolate no painel do carro pra ver se vem sol derreter, porque o velho fica indignado e faz chover na gente e nas compras na volta do supermercado!
Vimos o sol nascer na praia, e eu juro, juro que deve ter sido o amanhecer mais lindo de todos os tempos...
2.2.05
Minutos de Sabedoria
“ Ter a consciência limpa é ter a memória fraca ".
“ Todos os cogumelos são comestíveis. Alguns, só uma vez ".
“ Fazendo muita merda é que se aduba a vida ".
“ Todo corpo mergulhado numa banheira faz tocar o telefone ".
“ Quando te ligam : se você tem caneta, não tem papel . . . se tem papel, não tem caneta . . . se tem ambos ninguém liga ".
“ Não há melhor momento do que hoje para deixar pra amanhã o que você não vai fazer nunca ".