Quando as nossas inseguranças são tantas
fica difícil reconhecer a coisa certa
a se fazer. São possibilidades inúmeras:
uma multidão de portas abertas.
Construímos planos e estratégias - castelos
baseados na forma dura, na linha reta.
Acreditamos que a razão
Vai nos mostrar a saída correta.
Mas a vida, para além de qualquer plano
e à revelia de nossas metas
Se constrói por si mesma
E no final, sem saber, a gente acerta.
(Dedico este poema à Raquelzinha, minha coabitante, que nesse momento é alguém tentando fazer a coisa certa)
27.9.05
24.9.05
My Babe Plays the Blues
I don't know if my babe loves me
Right now I haven't got any clues
I don't know if he ever thinks of me
All I know is he plays the blues
I don't know what my babe likes
Is he as interesting as he looks?
I don't know if he'll ever call me
All I know is he plays the blues
I don't know if my babe is sweet
If he's as caring as he should?
I don't know if my babe is hot
All I know is he plays the blues...
(Essa é para ler ouvindo blues. De preferência, um bem animado e alto astral!)
Right now I haven't got any clues
I don't know if he ever thinks of me
All I know is he plays the blues
I don't know what my babe likes
Is he as interesting as he looks?
I don't know if he'll ever call me
All I know is he plays the blues
I don't know if my babe is sweet
If he's as caring as he should?
I don't know if my babe is hot
All I know is he plays the blues...
(Essa é para ler ouvindo blues. De preferência, um bem animado e alto astral!)
20.9.05
Passo à Frente
Estou adiante apenas um passo
mas deixei finalmente para trás
tudo aquilo por que passei.
Passo a passo: é como eu vivo.
Estando mais leve, abro os braços:
em breve ensaio meu vôo de pássaro.
mas deixei finalmente para trás
tudo aquilo por que passei.
Passo a passo: é como eu vivo.
Estando mais leve, abro os braços:
em breve ensaio meu vôo de pássaro.
15.9.05
É fogo!
Falando-te de igual para igual, protesto
contra a ignóbil atitude que tiveste
(atitude esta fraca e previsível, igualmente)
de decidir ignorar-me
pois, ao fazê-lo, acendeste
a ígnea ira que, em meu peito ardente,
transforma-me em ignara fera ignívoma.
Desejaria antes a ignorância de tal ignomínia
a esta pira de ódio a me incender a alma!
(esta é só para quem tem dicionário! hehehehehe...)
Falando-te de igual para igual, protesto
contra a ignóbil atitude que tiveste
(atitude esta fraca e previsível, igualmente)
de decidir ignorar-me
pois, ao fazê-lo, acendeste
a ígnea ira que, em meu peito ardente,
transforma-me em ignara fera ignívoma.
Desejaria antes a ignorância de tal ignomínia
a esta pira de ódio a me incender a alma!
(esta é só para quem tem dicionário! hehehehehe...)
10.9.05
Luto para Enterrar esse Luto
Amigos,
Façamos silêncio
Em respeito à alma que vela o seu finado amor.
Amigos,
Postemos somente a página branca
Em memória ao vazio onde antes era cor.
Amigos,
Ouçamos à distância
O uivo dos ventos gelados de inverno, o uivo de dor.
Celebremos a hora morta.
Ah,
se pelo menos o defunto também ficasse quieto!
Façamos silêncio
Em respeito à alma que vela o seu finado amor.
Amigos,
Postemos somente a página branca
Em memória ao vazio onde antes era cor.
Amigos,
Ouçamos à distância
O uivo dos ventos gelados de inverno, o uivo de dor.
Celebremos a hora morta.
Ah,
se pelo menos o defunto também ficasse quieto!
4.9.05
À Esquerda
(verdadeiras metáforas mais que verdadeiras)
O meu olho esquerdo é míope;
três vezes mais míope que o direito.
E enxergar com clareza sentimentos
é três vezes mais difícil que pensamentos.
Frequentemente meu pé esquerdo inflama:
os ligamentos reagem ao impacto com o chão.
E minhas emoções às vezes também se ferem
no impacto do contato duro com a realidade.
Meu seio é volumoso;
é difícil ouvir meu coração.
E meu impulso de nutrir os outros é tão grande
que mal ouço minhas próprias necessidades.
O meu olho esquerdo é míope;
três vezes mais míope que o direito.
E enxergar com clareza sentimentos
é três vezes mais difícil que pensamentos.
Frequentemente meu pé esquerdo inflama:
os ligamentos reagem ao impacto com o chão.
E minhas emoções às vezes também se ferem
no impacto do contato duro com a realidade.
Meu seio é volumoso;
é difícil ouvir meu coração.
E meu impulso de nutrir os outros é tão grande
que mal ouço minhas próprias necessidades.
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